quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Roubo Nas Alturas

Em todo filme sobre roubo e assaltos é a mesma coisa. Primeiro nos é mostrado que o lugar a ser roubado é o mais difícil do mundo e que nem os agentes do Missão Impossível são capazes de entrar, depois aparecem as mais complicadas situações que geralmente envolvem os integrantes do grupo que parecem piorar ainda mais as coisas, enquanto isso o público fica naquela curiosidade medonha de tentar adivinhar como será que vai ser ou se questionando se vai dar certo, e no final sempre dá. Em Roubo Nas Alturas também é assim, não foge do clichê, porém faz isso com bom humor e ótimo elenco dirigido por Brett Ratner.
A trama é a seguinte, Ben Stilller é Josh Kovacs um gerente de um condomínio de luxo em Nova York, um verdadeiro funcionário exemplar que conhece cada hóspede como a palma da sua mão e que administra seus funcionários com muita disciplina não permitindo nem mesmo que usem o telefone celular para não perder a atenção no trabalho(ainda bem que ele não é o meu chefe). Entre seus inúmeros moradores está o Sr. Shaw (Alan Alda), megainvestidor com quem Josh disputa partidas de xadrez pelo computador. O que ninguém desconfia, nem mesmo Kovacs, é que o Sr. Shaw é um golpitsta que estava tentando fugir da polícia por ter feito desvio de dinheiro.A situação piora quando Kovacs descobre que quase todos os funcionários, que confiavam no faro do investidor, entregaram-lhe suas economias para serem aplicadas no mercado financeiro. Depois da fraude, todos perderam tudo o que tinham na poupança e o pior, o cara parece nem se importar com a situação e ainda faz o maior desdém da “criadagem”. Quando Kovacs fica sabendo que o Sr. Shaw ficará mantido em prisão domiciliar na cobertura do hotel, (daí o nome “nas alturas”) arquiteta um plano para tentar recuperar o dinheiro assaltando o cofre que fica no apartamento luxuoso do ricaço.Para conseguir levar seu plano adiante, Kovacs monta uma “equipe” formada por três funcionários do hotel e mais um ex-hóspede (Matthew Broderick) que são totalmente inexperientes, mas que supostamente possuem alguma habilidade pessoal que poderá ser útil na hora H. Porém, a grande ajuda vem de um "especialista em roubos" chamado Slide (Eddie Murphy que como sempre rouba a cena nas poucas vezes que aparece). No meio de tudo isso ainda há a chefe do FBI, vivida pela atriz Téa Leoni que mesmo simpatizando com Kovacs não facilitará nada para ele.A partir daí só vendo o filme que é cheio de cenas engraçadas por causa das situações inusitadas que eles se metem e mostra que roubar, mesmo não sendo uma atitude correta, os fins justificam os meios. E atenção, mesmo com aquela situação clichê que falei no inicio, Roubo Nas Alturas tem algo que os outros filmes não tem: um um final muito interessante e inteligente pois a sacada toda é descobrir onde está o dinheiro e como fazer para tirar 20 milhões da cobertura de um dos edifícios mais seguros e ainda assim não ser descoberto. Vai pensando aí nessa solução e depois veja o filme, pois eu recomendo. Grande abraço e até a próxima postagem que virá encerrando 2011 com chave de ouro.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Brasil animado.

Olá cinemeiros, gente fina, ontem foi o natal e o que desejamos é muita saúde aos amantes da sétima arte que aparecem por aqui vez enquando, conferindo as novidades do cinema e nossa opinião particular (que não é a verdade absoluta) sobre os filmes atuais, antigos e eternos.

O Brasil já foi tema de vários filmes nacionais e estrangeiros, mas nunca um filme foi tão rico culturalmente quanto este. Isso se deve, com relação a esse filme, principalmente ao passeio turístico pelo Brasil na tela, à excelente quantidade de informação disponibilizada e aos problemas superados pela produção, roteiro e tempo...que sempre acontecem em todas as produções.
“Relax” e “Stress” são os personagens principais deste filme, este, como o nome já diz, vive estressado, preocupado em ganhar dinheiro e por isso não tem tempo para curtir a vida, Aquele é um “bom vivant” sabe curtir muito bem a vida, aproveita cada segundo para se divertir e também para convencer o Stress a aceitar suas aventuras malucas.
Porém, dessa vez o Relax foi longe demais, propôs ao coitado do Stress uma busca ao Jequitibá Rosa, que de fato existe, principalmente entre os Estados de São Paulo e Espírito Santo, onde o dia é comemorado (21 de setembro), mas o Stress não sabia disso, então topou a aventura, viajando por todo o Brasil para encontrar o “Grande e Valioso”  Jequitibá-rosa.
Começaram pelo Rio de Janeiro, onde compuseram “Garota de Ipanema”, logo depois, seguiram para Minas Gerais e de lá para as outras regiões brasileiras, na busca incessante pela “Árvore Preciosa”.

Em cada lugar que passaram, “Stress” e “Relax”descobriram as verdadeiras riquezas do Brasil, proporcionando uma aula aos cinemeiros que puderam ou que forem ainda assistir. A História, costumes, curiosidades, lendas, informações econômicas e culturais de cada lugar por onde passaram foi contada pelos personagens no decorrer da busca pela “preciosidade”.
No caminho encontraram Fabiano Peres, Ariel Wolhger, Daiane dos Santos, Seu Prata e Fernando Meireles, numa aventura sensacional, entre outras.

Este filme foi lançado em janeiro de 2011, isso mesmo, contudo é possível encontra-lo  em algum cinema pertinho na sua cidade(como eu o encontrei, recentemente). Na época de lançamento, o filme foi bastante criticado, por ser uma animação misturada com cenas reais e conter muita, mas muita informação, o que na opinião dos críticos da época, deixou o filme cansativo, sonolento e chato.
E como se isso já não bastasse, surgiram no decorrer da trama, alguns personagens que não fizeram sentido, apareceram e sumiram sem motivo algum, acredito que isso tenha colaborado com a crítica pesada ao filme, críticas não compartilhadas por mim.

Em função disso, o filme apresenta algumas curiosidades, como por exemplo: Foi a estréia da Mariana Caltabiano como diretora; Este é o primeiro filme brasileiro lançado em 3D; A animação foi toda feita a mão, passo a passo; Os efeitos computadorizados apenas foram utilizados na colorização, montagem e nos efeitos possíveis; ver em um monitor como ficou a cena recém-gravada no formato 3D, para isso usaram uns óculos 3D; o cantor Ed Mota compôs uma música para o filme; foi o primeiro trabalho de Fernando Meireles como dublador, ele dublou a si mesmo.

Dessa forma, o filme retrata o Brasil de forma “cansativa”? Pode ser, mas com muita informação, cuidado e inteligência. Portanto, é necessário, que as crianças possam ter acesso a esse filme, já os adultos, que “sabem” onde fica a Amazônia e o Planalto Central e que acharam  o filme chato e sonolento, quem sabe, proporcionando a oportunidade aos mais novos de assistirem a este filme, as crianças não vejam, o filme, como uma novidade, que afinal é o que este filme é.

Veja o trailler...


Elenco:
Eduardo Jardim (Relax / Stress / Garçom / "Definitivamente" / Homem na praia de Canoa Quebrada)

  • Mariana Caltabiano (Personagens femininos)
  • Fernando Meirelles (o próprio)
  • Fabiano Perez
  • Ariel Wollinger
  • Daiane dos Santos
  • Seu Praia

  • https://www.facebook.com/#!/alexandreajorge

    T+!!!

    sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

    Aposta Radical

    Com certeza esse é um dos piores se não o pior filme do ano. Sabe aquela total decepção que você sente ao perceber que foi enganado e iludido, achando que ia ser um filme legal, interessante, ledo engano. Aqui o que você encontra são péssimas atuações e uma história tão fraca que não sustenta nem o enredo que parece nem seguir um roteiro. Até mesmo as “coreografias” do parkour são meia-boca e as cenas de ação são muito bobas. Eis aqui a Sinopse desse fiasco:
    Kelvin (a lenda mundial do Parkour e péssimo ator: Marcus Gustafsson) é um adolescente comum, fiel aos amigos, que vive em conflito com seu pai policial, e é praticante da atividade de Parkour (arte de deslocar do corpo o mais depressa possível). Quando seu pai é baleado e entra em coma, Kelvin decide encontrar o agressor. Logo, descobre sub culturas subterrâneas que vivem com suas próprias regras. Kelvin é forçado a uma violenta batalha de habilidades em um jogo de gladiadores urbanos. Um jogo que não só o obriga a usar seu talentos no parkour, mas também a enfrentar questões morais – o quão longe ele está disposto a ir pela família e amigos.
    Lindo não?! Porém não se deixe enganar pois isso é tudo balela para fazer com que você assista ao filme, mas vá por mim e poupe seu tempo e seu dinheiro, sem falar da frustração. Ou então, caso você seja daquele tipo masoquista, assista para sentir raiva e tédio. Mas caso queira assistir um bom filme que envolva a prática do Parkour, uma boa pedida é o filme Bairro 13 ou Filhos do Vento que também é muito bom. Grande Abraço e um Feliz Natal a todos.

    domingo, 18 de dezembro de 2011

    Gato de Botas.




    Olá gente fina, o Cinemeirosnews entra no clima de férias e traz para vocês nossa “visão” a respeito do filme Gato de Botas, já que o filme anterior, o 11/11/11, foi difícil de conferir.
    Gato de Botas ou Don Juanito (fazendo referência a Don Juan) é um herói que foge das autoridades, devido o seu envolvimento num roubo de grandes proporções na cidade de San Ricardo-AM, onde ele gozava de imenso prestígio diante do delegado, xerife, secretário de segurança... sei lá por ter salvo a vida da mãe da autoridade.
    Desapontado com seu irmão, Humpty Dumpty o Ovo, que o envolveu no escandaloso roubo de San Ricardo-PI, Gato vive aventuras sem fim, por onde passa, acumulando o respeito dos bandidos e autoridades locais e o suspiro das fêmeas (literalmente) apaixonadas  resultado do seu rastro sedutor.
    Até que um desafio é posto a sua frente, conseguir os “feijões mágicos” que tanto ilustrou sua juventude e que era o grande desejo do seu irmão Dumpty, mas os feijões estavam sob o domínio dos maiores e mais cruéis bandidos de toda aquela região.
    Quando Don Juanito se prepara para mais uma aventura, eis que aparece a misteriosa e sexy Kitty Patas Macias (Isso me fez lembrar que no plebiscito realizado semana passada, os paraenses decidiram não apoiar a divisão daquele estado) e seu irmão Dumpty disposto a resolver as questões do passado e a reativar o “Clube do Feijão”. Depois de resolverem tais pendências, os três partem para uma aventura inesquecível.
    O Gato de Botas pede licença ao Shrek e mostra que pode sim fazer filme solo melhor até do que os do Ogro, entre outras coisas por terem feito neste um mix de contos como “João e o Pé de feijão”, “a galinha dos ovos de ouro”,  inclusive  fazer várias referências ao Zorro e também ao Don Juan, ofe corce.
    Além disso, Gato de Botas é um conto do Século XIX de Charles Perrault, onde “Um moleiro, que tinha três filhos, repartindo no momento de sua morte seus únicos bens, deu ao primeiro filho, o moinho; ao segundo, um asno e ao terceiro, um gato. Sendo que este último filho não gostou do “presente”, mas o gato lhe garantiu que valeria muito mais do que os bens dos outros dois filhos do moleiro”.
    E como se isso não bastasse, esta versão 2011 de Gato de Botas está sendo dirigida por Chris Miller ( Diretor de Shrek) e roteirizado pelos amigos Brian Lynch e David H. Steinberg. Com Antônio Bandeiras, Zach Galifanakis, Bily Bob e Salma Hayek, criando todo o clima de Zorro.
    Assim, verifica-se que, Gato de Botas não é um filme apenas para crianças, mas sim para àqueles que gostam de um filme-pipoca-férias-dezembro regado aos temas amizade, traição, honra e amor. É necessário, portanto que o cinemeiro tenha a percepção exata para sacar as “deixas” dos personagens e mergulhe no ambiente criado pela  trama, caso contrário meu bom amigo (a) (o/a), vocês serão mais um como os leitores do blog concorrente, que sairão do cinema falando mal daquilo que sequer têm noção.
    Mastigue a pipoca lentamente, preste atenção no filme, se comporte, não seja mais um daqueles  Zé Esquenta Potrona, mas sim um Cinemeiro (a) (o/a) de verdade e claro... deixe sua opinião aqui, pois para nós, é muito importante saber o que se passa nesse cabeção, que está diante do seu monitor.... sacou?
    Assista ao Trailler...


    Um forte abraço e
    T+!!!

    sábado, 10 de dezembro de 2011

    11.11.11.





    Olá gente fina, a dica de hoje é o filme 11.11.11, quem não ficou impressionado com essa data? Quem não teve curiosidade em descobrir se havia algo de especial nela? E se descobríssemos, seria bom?
    Joseph Crone descobriu e não gostou nada de saber do que se tratava essa data “tão especial”, pois sua vida já não estava bem, muitas duvidas pairavam na sua “cabeça”, até que um sinal lhe foi dado.
    Uma mulher, um acidente, um diagnóstico, uma missão e principalmente uma certeza, Joseph deveria se encontrar consigo no outro lado do Atlântico, mais precisamente em Barcelona, Espanha onde seu pai o esperava no leito de morte, mas isso não foi tudo, seu irmão estava sendo ameaçado, não por pessoas e sim por uma data ou como Joseph insiste em acreditar, por um número.


    11.11.11 é um filme que explorou bem o “marqueting” criou uma expectativa, mas para muitos não soube aproveitar o clima de ansiedade geral criado. Isso foi devido, principalmente, à falta de carisma do personagem principal, à fantasia exagerada criada sobre a data e ao estilo de “terror” que não foi nenhuma novidade (não foram eles quem inventaram a roda).
    Um filme que se preze precisa de um personagem principal que manifeste no público algum tipo de sentimento; admiração, respeito, raiva, ódio, amor, carinho, pena, enfim, alguma coisa  é necessário para que o público possa se ver ou não querer estar no lugar do “herói”. Com joseph Crone isso não acontece, aliás, nada aconteceu, ele não acredita em Deus, até aí tudo bem, pois é um direito dele, mas ficar insistindo em querer morrer a qualquer custo, alegando que Deus não foi justo com ele, francamente não pegou bem.

    Além disso, criaram uma mística, ao meu ver, desnecessária para o “onze de novembro de dois mil e onze”. Assim como há pessoas acreditando que viverão até 23/12/12, os roteiristas apelaram no sentido deatribuir tudo o que aconteceu de ruim à data em questão; dia da morte do pai, hora da morte do irmão, atentado, acidente, hora do óbito de sobrinho, enfim, tudo o que não prestava foi atribuído ao 11.11.11.
    E como se isso não bastasse, o filme trouxe a lembrança do inesquecível desenho “Scooby Doo”, principalmente no estilo de “terror”apresentado, com monstros mascarados, como no momento em que o pai do Joseph apareceu assustando  a todos mais que sem explicação, houve um momento em que o personagem principal protagonizou também uma seguência de sustos, aproximadamente uns quinze seguidos; o pai, o irmão, a governanta, o atendente da biblioteca, a moça que entrou sem sentido na história e terminou sem importância alguma,  enfim, um verdadeiro Scooby Doo story.

    Por tudo isso, percebemos que a intenção foi boa, imortalizar uma data binária como o 11.11.11, sem dúvida, uma verdadeira sacada, porém o caminho escolhidon            não foi o mair feliz, desde já digo que o filme merece ser visto, enquanto ainda estiver no cinema, pois é daqueles filmes que num dvd de blue-ray não se tornará uma boa pedida, além do mais, acredito que em 31.12.2011 ninguém mais lembrará do 11.11.11.

    <><> </><></> <><> </><></><><> </><></> <><> </><></> <><> </><></><><> </><></> <><> </><></> <><> </><></><><> </><></> <><> </><></> <><> </><></><><> </><></>

    Elenco: Timothy Gibbs, Michael Landes, Brendan Price, Todd Bridges, Wendy Glenn, Salomé Jiménez, Montserrat Alcoverro.

    Direção: Darren Lynn Bousman

    Gênero: Terror

    Duração: 110 min.
    E você.... o que achou do 11.11.11????
    T+!!!
      

    quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

    Esse eu quero ver: Os Três Patetas

    Clássico é clássico e isso é um fato. E é claro que um dos maiores clássicos de comédias de todos os tempos ia mais cedo ou mais tarde ganhar sua versão modernizada ou até mesmo um remake. Então, para quem é fã de Moe, Larry e Curly se prepare pois em 2012 Os três patetas vem ai, dirigido e roteirizado pelos irmãos Bobby Farrelly e Peter Farrelly (“Eu, Eu Mesmo e Irene” e “Quem Vai Ficar com Mary?“).
    Pelo que foi visto no trailer divulgado hoje pela Fox, a nova adaptação de “Os Três Patetas” (The Three Stooges) vai seguir fielmente a fórmula clássica, com muito humor pastelão, quedas, tapas e muitas pancadas entre os irmãos patetas. Resta saber se isto vai funcionar com a audiência moderna. Vale ressaltar que este é o projeto dos sonhos dos irmãos Farrelly, que há tempos não acertam a mão nas bilheterias e nas críticas. “Os Três Patetas” mostrará Moe, Larry e Curly desde que foram largados em um orfanato até a vida adulta. A ideia do roteiro é preservar o formato de curtas que os três patetas fizeram com a Columbia Pictures por 24 anos. Dessa forma, a trama do filme se dividirá em três períodos, cada um com 27 minutos. Chris Diamantopoulos (da série “24 Horas”) será Moe, Sean Hayes (da série “Will & Grace“) interpretará Larry, e Will Sasso (da série “$#*! My Dad Says”) viverá Curly.
    Jennifer Hudson (freira), Jane Lynch (Madre Superiora) e Larry David (Madre Mengele), Craig Bierko (Mac), Stephen Collins (Sr. Harter) e Sofia Vergara também estão no elenco. A estreia acontece no dia 04 de abril de 2012, nos EUA e quando chegar no Brasil os cinemeiros estarão lá... e vocês?

    sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

    Happy Feet 2: O Pinguiim

    Por: Alexandro Castro Na semana passada fui convidado pelo meu amigo dos tempos de colégio Érico, para escrever uma crítica sobre o filme “Happy Feet 2” para o blog cinemeirosnews. Só agora a crítica sai, em partes pela falta de tempo para escrever durante a semana, em partes também pelo sentimento um tanto quanto negativo que tive com a película.

    Primeiramente, a maioria das pessoas chama filmes como Happy Feet de “animação”. Tecnicamente, não é fácil alojar a obra dentro de alguma categoria artística, pois o filme é na verdade um processo de “Imagery”, algo sem tradução direta na nossa língua e que diz respeito as técnicas de geração de imagem através da computação gráfica e demais traquitanas tecnológicas digitais. Fato é que, animação propriamente dita, não é. Tanto que a academia optou por criar uma categoria específica de “captura de performance” para filmes assim.O primeiro filme inicial (notem minha recusa em chamar Happy Feet de animação, mas me perdoem por isso, pois é provavelmente implicância de quem trabalha na área) foi muito bem aceito, aclamado pela crítica e pelo público, trouxe a técnica de captura para um novo nível e apresentou um enredo muito envolvendo, engraçado, rico e com imagens absurdamente lindas. O primeiro Happy Feet foi definitivamente diversão para crianças e adultos. Produto de um projeto que levou mais de uma década para ser iniciado, precisou de quatro anos de produção para ser concluído, metade desse tempo gasto apenas no desenvolvimento das tecnologias necessárias para o filme.Happy Feet 2, no entanto, sofre da síndrome da “continuação na marra”, quando estúdios buscando apenas o lucro, forçam uma continuidade para qual o filme inicial não foi planejado e não deixou tantas brechas.De cara, percebemos algo como “o que vamos fazer com os personagens?”, pois todos foram muito bem apresentados e desenvolvidos no primeiro filme e não há muito o que adicionar (esse é o problema com roteiros muito bem feitos). A solução encontrada é apresentar novos pequenos personagens, como o filho do pinguim Mano e dois minúsculos camarões que funcionam como “pícaros” na estória. Esses dois últimos personagens trazem para si a responsabilidade da maior parte do humor na estória, mas de forma muito paralela, sem nunca realmente intervir em absolutamente nada, mesmo quando pensam que o fazem. Ramon, o pinguim galanteador aparece na película com menos brilhantismo que no filme inicial, com um menor número de piadas e nem sempre tão bem colocadas como antes. Ele, que quase roubou a cena no primeiro (de fato, creio que roubou em alguns momentos) torna-se realmente um coadjuvante nessa sequência. Amoroso, o eterno contador exagerado de estórias, torna-se um bajulador de um pinguim com super poderes, que mais tarde descobre ser apenas um papagaio do mar. Por último, temos a relação entre Mano, Glória e seu filho, tentando apresentar um conflito que em nenhum momento se torna conflituoso de verdade.A partir daí, com tantos outros personagens esquecidos ou desaparecidos da estória, a trama tenta se amarrar em uma situação na qual os pinguins se encontram presos entre blocos de icebergs e precisam encontrar uma forma de sair para se alimentarem. Quase toda a estória se passa nesse pequeno palco, com “tentativas” seguidas de reviravoltas sem que o expectador realmente embarque em nenhuma delas. O longa vai se arrastando e realmente se transformando em “longo”, difícil de acabar, se transformando em um exercício de paciência até para as crianças (muitas na sala se inquietaram, e uma delas atrás de mim passou a brincar de puxar meus cabelos. Não se fazem mais pais atenciosos como antigamente).A melhor parte do filme fica por conta da trilha sonora, como sempre, especialmente as faixas do Queen. Mesmo assim, na versão dublada essa parte também é sofrível, pois nas músicas dubladas notamos a inaptidão dos nossos dubladores para a arte do canto, e em algumas outras músicas eles simplesmente desistiram da dublagem e deixaram tudo em inglês mesmo.

    Meu conselho sobre Happy Feet 2 é... comprem o DVD.

    Essa foi a opinião sincera de Alexandro Castro e antes que alguém possa julgá-lo radical, veja um pouco o “currículo” dele e digam se ele não tem gabarito para fazer uma boa análise. Profissão: Designer. Experiência: 9 anos como animador e motion designer em Manaus, com curtas de animação premiados regionalmente e nacionalmente, tendo participado de 2 edições do anima mundi. Recentemente animou personagens para o estudio de games canadense Ossian Studios e agora é um "cinemeiro-estagiário" hehehe....


    Até a próxima pessoal. Câmbio e desligo