O
ministério Cinemeiro adverte, nesta resenha há spoiler.
Cá
estamos nós para mais uma temporada de críticas de filmes que mais gostamos!
Como sou fã de carteirinha de produtos nacionais e torço para que um dia se
tornem referência internacional, vou começar pelo filme O Candidato Honesto
(2014). Ok, sei que já faz dois anos, mas tem coisas na obra que continuarão
atuais por muito tempo.
Inicio
dizendo que O Candidato Honesto é basicamente uma cópia, a là brezilien de, O
Mentiroso, em inglês Liar Liar, filme de (pasmem) 1996. Mas só basicamente
mesmo, pois são contextos diferente usando a mesma ideia. Você assistiu a Liar
Liar? Sim, mas não se lembra? Tudo bem, a gente refresca a memória:
Fletcher Reede (Jim Carrey) é um advogado que, por meio de um
pedido de aniversário do filho pequeno, fica sem poder mentir por 24 horas. Por
aí você conclui o nível de honestidade do advogado. Já o nosso amantíssimo
candidato a presidência da república, João Ernesto Praxedes (Leandro
Hassum), fica sem poder mentir por causa da mandiga de sua avozinha índia à
beira da morte. E agora: como vencer as eleições falando apenas verdades?
Aí começam as confusões. Há que dissesse que é comédia pastelão infantil e boba
há quem concorde com isso. Pode até ser pastelão, mas não tem nada de infantil
nem boba.
Primeiro
que o contexto da obra foi em meio às eleições do nosso país de fato. Estávamos
em plena campanha presidencial e, para completar, com segundo turno; com
direito até a candidatos ambientalistas. As personagens, algumas falas do filme
são tão pertinentes à nossa realidade que só vi verdades.
A
obra por si só já é uma ironia, uma comédia que homenageia a política
brasileira. A política brasileira é uma comédia. A cara de pau do Hassum lembra
tanto algumas caras do nosso respeitável congresso, que só nos resta rir mesmo.
A crítica à nossa realidade se expõe até mesmo no final, expressando o desejo
(tenho certeza) de cada cidadã(ão): o candidato retira a candidatura e percebe
que até os concorrentes são todos farinha do mesmo saco!
Assim
como O Mentiroso, O Candidato Honesto se regenera ao ver os estragos de tanta
mentira. O elenco também é muito bom, a ideia de satirizar alguns programas da
televisão também compõe enredo. Pelo menos a obra nos dá o prazer de rir um
pouco do trágico contexto da realidade política brasileira. O modo pastelão dá
essa leveza à obra. O famoso "Seria cômico se não fosse trágico".
mentir?
Por Nyvian Barbosa, cinemeira honorária
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